quinta-feira, 9 de abril de 2015

25/03/2015 13h03

Sucuri de 2,5 metros é resgatada em copa de árvore em Quirinópolis, GO


Animal subiu em muro de casa e passou para galhos, dizem bombeiros.
Sem ferimentos, cobra foi solta em área de preservação na GO-206.




O Corpo de Bombeiros resgatou uma cobra sucuri de 2,5 metros em Quirinópolis, no sul de Goiás. Segundo a corporação, o animal subiu no muro de uma casa e conseguiu chegar até a copa de uma árvore. Com medo, os moradores pediram ajuda.
“A sucuri estava em uma rua de pouco movimento, no Centro de Quirinópolis, mas deixou a população assustada. Felizmente, o animal não apresentava ferimentos e foi resgatado sem grandes transtornos”, explicou ao G1 o subcomandante do 2º Destacamento Bombeiro Militar, tenente Luiz Ferreira.
O resgate aconteceu na tarde de segunda-feira (23). Logo depois, a cobra foi solta em uma área de preservação permanente, que fica na GO-206.

Os bombeiros alertam que, em casos semelhantes, a população não deve tentar resgatar o animal por conta própria. “Apesar de não ter veneno, a picada da sucuri é bem dolorida e pode gerar risco de infecção”, destacou Ferreira.





Animal mede 2,5 metros, segundo os bombeiros (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)


Boa Tarde!

Segue um vídeo da Fazenda Serra Azul de Quirinópolis - GO  que é um criatório de animais silvestres e exóticos.





Vale a pena conferir!!!

Centro de Triagem do Ibama recebe cerca de 4 mil animais por ano

30/03/2015 21h26

Órgão diz que maioria dos bichos são resgatados feridos em áreas urbanas.
Orientação é que população evite manejo e chame ajuda especializada.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera


O Centro de Triagem de Animais Silvestre (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Goiânia, recebe cerca de 4 mil animais por ano. Segundo o órgão, a maioria é resgatada ferida em áreas urbanas do estado e precisam de tratamento especializado.
De acordo com o coordenador do Cetas, Luís Alfredo Martins, com o avanço das cidades, é cada vez mais comum que os animais silvestres apareçam nas proximidades de casas e rodovias. O problema é que, segundo ele, muitas vezes o manejo errado pode gerar ferimentos nos bichos. “Muitas vezes as pessoas, ou por falta de consciência ou por desconhecer a forma correta de manejo, tentam ajudar o animal a voltar para a natureza, mas acabam o machucando”, explicou.
Segundo Martins, sempre que um animal silvestre for encontrado, o ideal é que sejam acionadas corporações como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar Ambiental ou o próprio Ibama, para que seja feita a remoção com segurança. “As pessoas devem manter os animais na fauna e não tentar manejá-los, pois isso pode piorar a situação”, destacou.
Quando o bicho chega ao Cetas, ele passa por uma avaliação para detectar o grau do machucado. Depois, o ideal é que ele receba o tratamento no menor tempo possível, para evitar que ele deixe de ser selvagem. “Fazemos o necessário para que eles voltem para seu habitat natural sem que fiquem domesticados”, contou o veterinário Luciano de Paula Souza.
Trabalhando há 13 anos no Ibama, o veterinário diz que quando um animal é recuperado e pode ser solto na natureza “é gratificante”. “É uma recompensa que a gente nem consegue expressar em palavras”, destacou.
Mas o coordenador do Cetas explica que, infelizmente, nem todos os animais tratados podem ser soltos. É o caso de uma onça, que chegou ainda bebê. “No caso dela acredito que não há como soltarmos mais, pois ela chegou aqui muito cedo, foi criada com mamadeira, e acabou gerando uma personalidade muito dócil. Sendo assim, se fosse solta, ela poderia buscar o contato com os seres humanos e isso não é interessante ”, destacou Martins.

Tratamentos

Atualmente, cerca de 150 araras estão em tratamento no Cetas da capital. O coordenador do Cetas explicou que elas estão em fase de recuperação para a soltura na natureza. “Após serem tratadas e medicadas, elas são colocadas em viveiros, chamados de ‘voadeiras’. Nestes locais elas são incentivadas a voar de um lado para outro para fortalecer a musculatura, o que vai favorecer que elas sejam novamente soltas na natureza”, contou Martins.

Ele destacou que, em alguns casos, os bichos são soltos no próprio estado de Goiás. No entanto, algumas vezes é necessário que eles sejam levados para outras regiões do país, para criadouros legalizados ou até devolvidos para os donos, caso haja identificação e a devida autorização.
Um dos recintos do Cetas na capital também abriga oito macacos-prego. A equipe explica que o objetivo de manter os animais bem próximos para que eles se relacionem como familiares. Se isso acontecer, eles estarão prontos para voltar para a natureza.
E esse trabalho atraiu a atenção de pesquisadores estrangeiros. É o caso da veterinária portuguesa Angela Nieves, que está no local para acompanhar a realidade do centro de perto. “Estou adorando, pois é uma experiência inestimável”, diz ela.
Unidades
O Ibama tem duas unidades do Cetas em Goiás, sendo uma em Goiânia e a outra em Catalão, no sul do estado. Segundo Martins, o ideal seria que todas as cidades possuíssem suas sedes. “Como a gente sabe que nem todas as cidades dispõem de estrutura, poderia haver uma parceria entre o Poder Público e um veterinário, para que ele fizesse o primeiro atendimento ao animal ferido e depois fizesse o encaminhamento”, destacou.

Em Rio Verde, no sudoeste do estado, o veterinário Alcione Nunes de Paula decidiu tomar a iniciativa de cuidar dos animais. Ele recolhe aqueles encontrados feridos e os coloca em uma chácara da família, para que possam receber o tratamento necessário. “Tem que ter alguém para salvar esses bichos e acredito que essa conduta faz parte da nossa função como veterinários”, afirmou.
Cetas orienta que população não deve tentar resgatar animais por conta própria (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Cetas diz que população não deve tentar resgatar bichos por conta própria 

O que é um animal silvestre?


Você sabia que o Brasil é um dos países do mundo que mais exporta animais silvestres ilegalmente? É um negócio que movimenta mais de 1 bilhão de dólares e comercializa cerca de 12 milhões de animais anualmente. Uma das maiores ameaças à natureza.
Para ajudar você a saber mais sobre o assunto, segue abaixo algumas questões para você se informar. Leia e colabore nessa luta pela salvação da fauna brasileira.
O que é um animal silvestre?
Animal silvestre não é o doméstico. O doméstico já está acostumado a viver perto das pessoas, como os gatos, cachorros, galinhas e porcos, entre outros. Já o animal silvestre foi tirado da natureza e reage à presença do ser humano. Por essa razão, tem dificuldades para crescer e se reproduzir em cativeiro. O papagaio, a arara, o mico e o jabuti, ao contrário do que muitos pensam, são animais silvestres.

O que é o tráfico de animais silvestres?
Tráfico é o comércio ilegal. Traficar animais significa capturá-los na natureza, prendê-los e vendê-los com o objetivo de ganhar dinheiro. Se participamos disso, estamos contribuindo para o tráfico de animais. Acredita-se que o comércio ilegal de animais movimente cerca de 10 bilhões de dólares por ano em todo o mundo. Só o tráfico de drogas e armas é maior.

O que o tráfico de animais silvestres tem a ver comigo?
Todos os seres vivos dependem da natureza para sobreviver, pois é dela que obtemos desde alimentos até remédios. Os animais são parte fundamental da cadeia. Se forem extintos ou se tornarem raros, comprometem todo o equilíbrio da natureza.

Qual a participação do Brasil no tráfico internacional de animais?
Há uma relação entre o tráfico nacional e o internacional: o Brasil possui um grande comércio interno de animais, que sustenta os traficantes que agem no país e servem como intermediários para os traficantes internacionais. Se o tráfico interno diminuir, o número de animais brasileiros levados para o exterior também será menor.

Quais são as principais rotas do tráfico de animais no Brasil?
A maioria dos animais silvestres é capturada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Mas a principal rota de transporte desses animais está no sentido da região Nordeste para a Sudeste. Há verdadeiras redes organizadas para enganar a fiscalização existente nas principais rodovias do país. Essas redes agem de forma que os animais sejam transportados por até 3.000 quilômetros de distância sem que os traficantes sejam descobertos. A maior parte do público consumidor está no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Como os animais são transportados até as feiras para serem vendidos?
Os meios de transporte mais usados pelos traficantes são caminhões, ônibus interestaduais e carros particulares. Os animais são transportados nas piores condições possíveis. São escondidos em fundos de malas ou caixotes, sem ventilação, e ficam vários dias sem comer e sem beber. Resultado: de cada 10 animais capturados, nove morrem no caminho e um chega às mãos dos compradores.

Você sabia que os traficantes mutilam os animais?
Alguns traficantes costumam rodar os micos pelo rabo para que eles fiquem tontos e passem ao comprador a imagem de que são animais mansos. Muitos cegam os pássaros e cortam as suas asas para que eles não fujam e arrancam os dentes e serram as garras dos animais para que eles se tornem menos perigosos.

Quais são os animais mais vendidos?
O papagaio é a ave mais vendida no Brasil e no exterior. Depois dele vêm as araras, os periquitos, micos, tartarugas e tucanos.

Por que (mesmo tratando bem) não devemos ter animais silvestres em casa?
Cuidar de animais silvestres em casa pode parecer uma forma de amar a natureza, mas não é. Lugar de bicho é em seu habitat natural, e não nas cidades. Quem realmente gosta dos animais vai querer que eles fiquem onde se sintam mais felizes.

Por que comprar bichos é ilegal?
Ter animais silvestres como bichos de estimação é ilegal conforme a Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605 / 98. Ela proíbe a utilização, perseguição, destruição e caça de animais silvestres e prevê pena de prisão de seis meses a um ano, além de multa para quem a desrespeitar.

O que fazer ao encontrar alguém vendendo animais silvestres?
Primeiro, certifique-se de que os animais que estão sendo vendidos são silvestres e pertencem à fauna brasileira.

Quais são os problemas de quem cria animais em casa?
Ser dono de animal silvestre não é uma atividade muito segura. Entre os principais problemas estão o risco de ataques e a transmissão de doenças como a malária, a febre amarela e várias viroses desconhecidas.

Quais são os problemas para os animais que são criados em casa?
Ele pode perder a sua identidade. Pode sofrer de solidão e ter dificuldades para se reproduzir. Também sofre porque fica em espaço físico reduzido, come alimentos inapropriados e pode pegar doenças que nos seres humanos têm pouca gravidade (gripe, herpes etc), mas que podem ser fatais para os animais.

Fonte:
 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO COMBATEM A SOLIDÃO E
AJUDAM NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS

A companhia dos animais combate a solidão, o stress e auxilia em terapias. Segundo psicólogos e pedagogos, os bichinhos também podem ajudar as crianças a serem mais responsáveis e disciplinadas, além de mais afetuosas.
Mas essa experiência só é plena quando o pet é bem tratado. Por isso, cuidado ao comprar o seu bichinho, principalmente se for um animal silvestre. Ir a um estabelecimento autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA) na hora de adquirir seu anima de estimação é garantia de não estar contribuindo com o tráfico de animais.
Existem muitas lojas especializadas na venda de animais legalizados. Ao comprar um animal silvestre em uma loja legalizada pelo IBAMA o cliente recebe uma nota fiscal especial, com o nome científico e popular da espécie.
















O bichinho também apresenta um número de identificação. Os pássaros trazem os seus gravados em uma anilha, presa a uma das patas, e os répteis e peixes em um chip ou tatuagem. Essa documentação prova que os bichos são de cativeiros de reprodução licenciados pelo IBAMA. Também garante que o animal não tem doenças ou comportamento agressivo motivado por maus tratos.
O Biólogo Ronan Weber, alerta que as espécies da chamada classe C, que se enquadram como animais de zoológico, não podem ser comercializados. São Jacarés, onças, girafas, zebras e outros. 
















Comprar um animal legalizado é mais caro do que os vendidos de forma ilegal, por causa dos custo com documentos, alimentação e criação, segundo a lei ambiental. Segundo Ronan, a tartaruga legalizada custa em média, quatro vezes mais do que a obtida ilegalmente. “O animal ilegal é mais barato porque foi retirado da mata e comercializado de maneira informal com custos mínimos ou nenhum”, diz o biólogo.
Apesar de ser mais barato, comprar seu bichinho por meio do tráfico em estradas, depósitos, feiras livres, através de encomendas ou similares é crime federal. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei n° 9.605-98), a pena para quem compra ou vende espécimes silvestres sem autorização vai de seis meses a um ano de detenção, mais multa, que chega a até R$ 5.000,00 por animal. Sem contar os danos à natureza.
Segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), 9 entre 10 animais capturados morrem antes de completarem a rota do tráfico. E os que sobrevivem, muitas vezes saem com lesões ou mutilações irreversíveis. A ararinha- azul, a codorna e o sabiá-castanho são exemplos de espécies em perigo de extinção por causa do tráfico de animais.
Além de adquirir o pet pelas vias legais, o dono deve atentar para os cuidados especiais que o animal precisa para ter uma vida saudável. 
VOCÊ SABIA QUE?
  • O tráfico de animais silvestres movimenta entre 10 e 20 bilhões de dólares no mundo, ficando atrás apenas do tráfico de drogas e de armas.
  • O Brasil represente 15 % desse valor, aproximadamente 900 milhões.
As aves são mais fáceis de cuidar e as legalizadas devem ter este discreto anel de metal com registro do IBAMA preso na pata, como esta da imagem.

















O pequeno Fabrício Vieira Domingues escolhendo um peixe em uma loja legalizada pelo Ibama.







Fonte: http://lifeintermidia.com.br/especial-animais-domesticos-sao-aliados-no-desenvolvimento-infantil-mas-precisam-ter-certificado-de-procedencia/

NASCERAM FILHOTES DE ARARINHA-AZUL, ESPÉCIE EXTINTA NA NATUREZA


Brasília (22/12/2014) — Dois filhotes de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), espécie considerada extinta na natureza desde o ano 2000, nasceram no criadouro científico Nest (no final de outubro), no interior de São Paulo. Com cerca de nove semanas de vida, os filhotes estão sob os cuidados da equipe do Nest, instituição cadastrada no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Originária da região de Curaçá, na Bahia, a ararinha-azul teve sua população dizimada, sobretudo devido ao tráfico de animais. Hoje, existem 92 exemplares em cativeiro, dos quais apenas 11 estão no Brasil.

A reprodução de ararinhas-azuis, que não acontecia no país há 14 anos, foi comemorada por todos os envolvidos no Projeto Ararinha na Natureza, cujo objetivo é reproduzir as aves em criadouros e, futuramente, reintroduzi-las em seu habitat natural, a Caatinga. Coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE/ICMBio), o projeto conta com a parceria da Vale e de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, como o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).

"Tivemos um êxito muito grande. O nascimento dos filhotes é o maior ganho decorrente do projeto não só para a ciência, mas também para a sociedade. Isso nos possibilita dar continuidade à proposta de reintrodução da espécie em seu ambiente natural", explicou Gleuza Jesué, diretora de Meio Ambiente da Vale. Importante ressaltar que mantenedores da ararinha-azul no Brasil e no exterior trabalham para viabilizar a reprodução da espécie em cativeiro: a Al-Wabra Wildlife Preservation, no Catar; a Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), na Alemanha; o criadouro Nest e a Fundação Lymington, no Brasil.


De acordo com Patrícia Serafini, analista ambiental do CEMAVE/ICMBio e coordenadora do Programa de Cativeiro da Ararinha-azul, a reprodução das aves é feita de forma articulada entre os criadouros, que conduzem o manejo de todos os indivíduos como uma população única. Ainda segundo a coordenadora, o Projeto Ararinha na Natureza faz parte da implementação do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul, consolidado em 2011 pelo ICMBio. "O projeto tem duas frentes de atuação: a reprodução e manejo da espécie em cativeiro e o trabalho de campo, que envolve educação ambiental, sensibilização das comunidades e criação de áreas protegidas", esclareceu Patrícia.

Próximos passos
"O nascimento dos filhotes resulta do empenho e da articulação entre os diferentes parceiros do projeto, viabilizado pela Carteira Fauna, mecanismo inovador criado pelo Funbio, que permite o financiamento de projetos de conservação por meio de doações como a da Vale e também por patrocínio e recursos de sanções penais", pontuou Rosa Lemos de Sá, CEO do Funbio.

Para o coordenador geral de Manejo para Conservação do ICMBio, Ugo Vercillo, o nascimento das ararinhas demonstra que todo o esforço empreendido nos últimos anos está dando resultados. "A chegada desses filhotes representa um grande avanço para o país. Este passo só foi possível por que os profissionais brasileiros trabalharam em cooperação com os especialistas da Alemanha e do Catar", avaliou. A última reprodução em cativeiro feita no Brasil foi há 14 anos e resultou no nascimento da ararinha batizada de Flor, mãe dos filhotes que acabam de chegar. "Depois da formalização de todos os instrumentos, a exemplo do Plano de Ação Nacional, esta foi a primeira vez que conseguimos reproduzir a ararinha-azul", comemorou Vercillo.

A meta agora, segundo a coordenadora Patrícia Serafini, é aumentar o número de exemplares da espécie para 150 e reintroduzi-los na natureza até 2021. Além disso, já foram feitos o estudo prévio e o diagnóstico necessário para a criação de uma Unidade de Conservação (UC) na região de Curaçá (BA), que vai possibilitar um ambiente adequado para a volta da ararinha-azul ao seu habitat. "Estamos emocionados e acompanhando com carinho esses filhotes, que foram muito aguardados. Esperamos que sejam os primeiros de muitos", afirmou Patrícia.

O nascimento dos filhotes
A chegada das ararinhas ocorreu em dias diferentes (25 e 27 de outubro) e a equipe do criadouro Nest optou pelos métodos mais naturais possíveis. Desde o pareamento do casal, em outubro de 2013, passando pela cópula espontânea, até a eclosão dos ovos: tudo foi feito na intenção de minimizar as intervenções humanas.

"Nas primeiras semanas, a alimentação dos filhotes também foi feita pelos pais, sem maiores interferências. Agora, estamos dando continuidade manualmente", contou o veterinário do Nest Ramiro Dias, responsável pelo monitoramento das aves, trabalho feito em conjunto com o professor da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Pereira, e com a bióloga do Zoológico de São Paulo, Fernanda Junqueira. Segundo Ramiro, os filhotes, que nasceram com cerca de 15 gramas (o peso de um adulto varia de 310 a 340 gramas), estão saudáveis e se desenvolvendo de maneira excepcional. Para ele, os pais, Flor e Blu, cuidaram muito bem de sua cria.

Ainda sem sexo definido (o material genético está em análise), as ararinhas deverão ter seus nomes escolhidos através de votação pública, que será promovida pelo ICMBio por meio das redes sociais

Fonte: ICMBIO
Animais Silvestres: “PROTEGER E CONSERVAR: OBRIGAÇÃO DE TODOS”

A exploração desordenada do território brasileiro é uma das principais causas de extinção de espécies.  O desmatamento e degradação dos ambientes naturais, o avanço da fronteira agrícola, a caça de subsistência e a caça predatória, a venda de produtos e animais procedentes da caça, apanha ou captura ilegais (tráfico) na natureza e a introdução de espécies exóticas em território nacional são fatores que participam de forma efetiva do processo de extinção. Este processo vem crescendo nas últimas duas décadas à medida que a população cresce e os índices de pobreza aumentam.
Uma forma de se perceber o efeito deletério da exploração desordenada das áreas nativas sobre a fauna residente é o acréscimo significativo do número de espécies na lista oficial de fauna silvestre ameaçada de extinção. Essa lista foi revisada, pelo Ibama e Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Fundação Biodiversitas e a Sociedade Brasileira de Zoologia, com o apoio da Conservation International e do Instituto Terra Brasilis e nos aponta novos caminhos. Com ela o IBAMA pode decidir quais espécies e ecossistemas devem ser prioritariamente protegidos e conservados e aqueles que poderiam ser utilizados dentro de princípios sustentáveis. Proteger e utilizar racionalmente os recursos faunísticos são ações de manejo que demandam conhecimento, técnica, controle e monitoramento.
A proteção e o manejo ordenado da fauna silvestre na busca de sua conservação podem e devem ser feitos pelo Governo e a Sociedade de forma integrada no sentido de defender o que é de todos: o patrimônio natural do Brasil, bem de uso comum de todos os brasileiros e garantia para as futuras gerações, deste modo seguem algumas medidas que você pode tomar para ajudar no combate ao tráfico de animais silvestres:
1. Não compre animais silvestres sem origem legal;
2. Não compre artesanatos que possuam partes de animais silvestres; salvo se o artesanato for certificado como procedente do manejo sustentável;
3. Denuncie traficantes;
4. Mesmo que fique com pena do animal nas mãos do traficante, não o compre, se o fizer você somente estará incentivando o tráfico;
5. Se tiver um animal silvestre não o solte simplesmente, entre em contato com a unidade do IBAMA mais próxima; verifique as unidades do seu estado.
Contribua com o meio ambiente.
Abasteça-se!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Goiás na rota do tráfico silvestre

Aves, cobras capivaras e macacos são alguns dos animais mais visados pelas quadrilhas que atuam no estado

O Estado de Goiás é detentor de uma das principais rotas do tráfico nacional e internacional de animais silvestres, um mercado que movimenta aproximadamente US$ 20 milhões por ano no mundo – cerca de US$ 3 milhões só no Brasil. A prática aparece como a terceira maior atividade ilegal no mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. São 12 milhões de espécimes de animais capturados nas matas brasileiras todos os anos. Estima-se que cerca de 15% desse total sejam apanhados nos Estados da Região Centro-Oeste, ou seja, 1,8 milhão de animais anualmente. Apenas 1% é recapturado pelos órgãos competentes. Em Goiás, 60% do tráfico é feito pelas estradas e 40%, por via aérea.
A importãncia do Estado frente ao cenário do comércio ilegal de animais silvestres é uma das razões que justificam o lançamento da 1ª Campanha Itinerante de Combate do Tráfico de Animais Silvestres, uma iniciativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) em parceria com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) e demais órgãos de proteção ao meio ambiente no Estado. A campanha foi lançada ontem e vai até o dia 24 busca contribuir para a conscientização e preservação da fauna silvestre.
De acordo com o coordenador Institucional da Renctas, Sérgio Peixoto, Goiás funciona como uma espécie de entreposto para as quadrilhas que agem no País. Animais capturados principalmente nas florestas das Regiões Norte e Nordeste são trazidos para o território goiano, onde são mantidos por dois ou três meses em depósitos em sítios e fazendas ou mesmo em áreas urbanas de Goiânia e de outras cidades de maior porte. Depois, são levados para os grandes mercados consumidores de animais silvestres como Rio de Janeiro e São Paulo, e para países da América do Norte, Europa e Ásia.
Além de servir como rota para o comércio ilegal de animais, a enorme biodiversidade do Cerrado é alvo da captura de toda espécime de animal. Estatísticas do Batalhão de Polícia Militar Ambiental mostram que as aves são as mais suscetíveis à ação das quadrilhas. Algumas espécimes de araras e papagaios, por exemplo, valem entre US$ 4 mil e US$ 6 mil no mercado internacional. 

Aranhas, sapos e outros pequenos animais servem como base para pesquisas e produção de medicamentos.
Segundo a Renctas, algumas localidades como os municípios de Luís Alves, Cocalinho, Indiara, Caldas Novas, entre outros, aparecem como pontos estratégicos para capturas de animais. Já cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Jataí, Catalão e outras dispõem de esquemas para comercialização dos animais traficados.

Fonte:  Renctas  

Tráfico de animais contribui para extinção de espécies

Ter animais silvestres como bichos de estimação é crime. Papagaios, periquitos e passarinhos estão entre os mais visados

Animal silvestre criado como doméstico, além de sofrer com a solidão, 
tem dificuldades para se reproduzir, ressalta especialista.
   
O tráfico de animais silvestres é uma das principais ameaças à biodiversidade brasileira e pode provocar a extinção de diversas espécies a médio e longo prazo. No Brasil, as aves são os animais mais capturados e vendidos no mercado negro, segundo dados da organização não governamental WWF.
O comércio ilegal ocasiona desequilíbrios ecológicos e sofrimento aos animais. "Cada espécie tem uma função ecológica. Tirar uma espécie da vida livre abre uma lacuna, porque não haverá outra para desempenhar aquele papel", afirmou a Coordenadora de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade (Coabio/ICMBio), Rosana Subira.
Para combater o tráfico de aves, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio) implementa constantemente Planos de Ação (PANs). "Em muitos destes Planos, um dos principais problemas é justamente o tráfico. Por isso, ações estratégicas são pensadas e implementadas junto com os órgãos fiscalizadores das diferentes esferas (federal, estadual e municipal)", explicou a médica-veterinária e analista ambiental do ICMBio, Patrícia Serafini. 
As espécies mais visadas no tráfico de animais são os psitacídeos (papagaios e periquitos), passeriformes (passarinhos), dendrobatídeos (rãs venenosas e coloridas), primatas e lepitópteros (borboletas).


"Houve recentemente no Parque Nacional de Itajaí (SC) duas apreensões: uma de 800 borboletas e outra de 13 mil indivíduos. Ambos os casos foram enviados ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação do Cerrado e Caatinga (Cecat/ICMBio) para identificação das espécies", disse Marília Marini, coordenadora-substituta de Planos de Ação do ICMBio (Copan/ICMBio). 

Animais silvestres precisam de cuidados especiais 
Na maioria das vezes, quem compra as espécies silvestres tem a intenção de cuidar delas como animais de estimação. No entanto, segundo Rosana Subira, são necessários cuidados muito especiais.
"O bem estar do animal silvestre não depende apenas do cuidado, carinho e boas intenções do comprador. Um animal silvestre criado como doméstico além de sofrer com a solidão, tem dificuldades para se reproduzir. Pode sofrer por ficar preso em espaço físico reduzido e comer alimentos inapropriados. Isso expõe as espécies a doenças que em seres humanos podem não ser tão graves, como a gripe, mas que para eles são fatais", destacou a coordenadora de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade (Coabio/ICMBio). 
O tráfico de animais começa quando as espécies são retiradas da natureza e vendidas em feiras livres. Normalmente, o transporte é feito por meio de caminhões, ônibus interestaduais e até carros particulares, o que pode provocar estresse nos animais, principalmente nas aves, que em alguns casos arrancam as próprias penas.
"As aves passam a ter inúmeros problemas comportamentais e nutricionais e não contribuem para a manutenção da sua população de origem por terem perdido seu potencial reprodutivo ideal. Estamos falando do nosso maior patrimônio, no caso a biodiversidade, engaiolada e sem possibilidade de exercer seu potencial para a manutenção dos ecossistemas naturais", comentou a analista ambiental do ICMBio, Patrícia Serafini. 
Serafini também destacou que ter animais silvestres como bichos de estimação é crime ambiental, segundo a Lei nº 9.605/98, que proíbe a utilização, perseguição, destruição e caça de animais silvestres. Para os infratores, a lei prevê prisão de seis meses a um ano, além de multa. "Se a população não comprasse animais silvestres de origem ilegal, o tráfico não existiria. É preciso que todos se conscientizem que a nossa biodiversidade é o maior e mais exclusivo patrimônio que possuímos", finalizou. 
Não compre animais silvestres. Denuncie
Para denunciar o tráfico de animais silvestres, entre em contato com a Linha Verde do Ibama, pelo número 0800-618-080 ou pelo email linhaverde.sede@ibama.gov.br
Sobre os PANs
Os Planos de Ação Nacionais para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção ou do Patrimônio Espeleológico  (PANs) são instrumentos de gestão que tem como principal objetivo a troca de experiência entre os atores envolvidos, no sentido de agregar e buscar novas ações de conservação, reunindo e potencializando os esforços na conservação, e racionalizando a captação e gestão dos recursos para conservação das espécies ou ambientes focos dos planos de ação.
Os planos de ação buscam identificar, a partir das ameaças que põe em risco as espécies, quais instrumentos de gestão devem ser orientados ou otimizados, visando um efeito benéfico direto. Suas ações abrangem de forma objetiva a interferência em políticas públicas, o desenvolvimento de conhecimentos específicos, a sensibilização de comunidades e o controle da ação humana para combater as ameaças que põe as espécies ameaçadas em risco de extinção.
Para garantir que o plano de ação tenha maior êxito na implementação, o processo contempla a participação multilateral, visando o estabelecimento de um pacto envolvendo diversos segmentos do governo, organizações não governamentais ligadas à conservação, especialistas em conservação de espécies, representantes das comunidades locais ou das autoridades locais, quando apropriado, o setor privado (por exemplo, representante de empresas florestais, mineradoras ou operadores de turismo) e outras partes chave interessadas.
O Instituto Chico Mendes conta também com o apoio do Projeto Probio II/MMA na elaboração e implementação dos planos de ação.
Fonte: 
ICMBio

Comércio ilegal de animais silvestres é o terceiro crime mais lucrativo do mundo

Contrabando de animais só perde, em faturamento, para o tráfico de drogas e de armas

O comércio ilegal de animais é a terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo, ficando atrás apenas do trafico de drogas e de armas. No Brasil – por conta de sua grande biodiversidade – o crime ambiental é cada vez mais frequente.
Na última semana, a Polícia Federal fez uma operação especial em parceria com a Interpol em várias capitais brasileiras. Os agentes vistoriaram criadouros para reprimir o tráfico. Mais de cem aves foram apreendidas em João Pessoas e centenas de pássaros e jabotis encontrados em Salvador.
De acordo com estimativas do Governo Federal, quase 12 milhões de animais silvestres são apreendidos ilegalmente, todos os anos, no Brasil. Macacos, tartarugas, onças e, principalmente, pássaros.
Os animais silvestres, além de serem vítimas do tráfico, também sofrem com a rápida expansão dos centros urbanos. De acordo com a organização Mata Ciliar, entidade do interior de São Paulo que concentra boa parte dos esforços no cuidado de animais maltratados, a proximidade com a vida urbana é muito prejudicial aos animais.
As redes elétricas se aproximam das matas e construções urbanas impedem a circulação livre dos bichos. Com isso, eles começam a desviar para cidades. 

Fonte: R7, com Jornal da Record