sexta-feira, 24 de julho de 2015

Animais da fauna brasileira que podem desaparecer 



Tartaruga-verde ('Chelonia mydas')
(Foto: Projeto Tamar/Divulgação)

Tartaruga-verde ('Chelonia mydas')

Essa tartaruga, que chega a ter 1,5 metro de comprimento, vive nas zonas costeiras do Brasil, do Rio de Janeiro até as praias da região Nordeste. A espécie está na lista de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) desde 1996 e, no Brasil, entrou para o relatório do Ministério do Meio-Ambiente em 2003. Ela habita o Nordete do Brasil e, no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, há apenas 17 fêmeas e os estudos indicam uma diminuição de 48% a 67% no número de fêmeas que se reproduzem nos últimos anos. Os principais riscos à espécie são, além da caça, a captura acidental dos ovos em redes de pesca e a poluição dos mares, que impede sua reprodução. No Brasil, o Tamar, projeto de conservação internacionalmente reconhecido, têm contribuído para a manutenção da espécie.

Boto-cor-de-rosa ('Inia geoffrensis')
(Foto: Folhapress/VEJA)

Boto-cor-de-rosa ('Inia geoffrensis')

Maior golfinho de água doce do mundo, com o macho que pode medir até 2,5 metros de comprimento, o boto-cor-de-rosa era abundante nos rios da Bacia Amazônica. Sua população começou a diminuir nos anos 1990 por causa da mortalidade acidental, decorrente da pesca e da poluição dos rios. Nos anos 2000, começou a ser caçado para servir de isca ao peixe piracatinga, muito apreciado na região, e a população tende a diminuir ainda por causa das secas e da construção de hidrelétricas no Amazonas, que afetam o habitat do animal e reduzem sua alimentação. Estima-se que sua população pode diminuir em 50% nos próximos 30 anos, o que levou à classificação de espécie em perigo na lista do Ministério do Meio Ambiente.

Lobo-guará ('Chrysocyon brachyurus')
(Foto: Heitor Feitosa/VEJA)

Lobo-guará ('Chrysocyon brachyurus')

A população desse lobo, que habita o cerrado brasileiro, tem diminuído desde a década de 1980, devido ao desmatamento da região central e sul do Brasil. De acordo com os pesquisadores, nos próximos 21 anos, a espécie deve diminuir quase 30%. O lobo-guará tem longas pernas, orelhas grandes e pelagem avermelhada e chega a ter pouco mais de 1 metro de comprimento, fora a cauda que tem entre 38 e 50 centímetros. É classificado como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) desde 1982 e está na lista de espécies em perigo para o Ministério do Meio Ambiente.

Ararinha-azul ('Cyanopsitta spixii')
(Foto: VEJA.com/Estadão Conteúdo)

Ararinha-azul ('Cyanopsitta spixii')

A história da ararinha-azul no Brasil é trágica. Conhecidas há 150 anos, existiam apenas três exemplares em 1986 – que não se reproduziram. Desde outubro de 2000, ninguém mais encontrou nenhuma ararinha-azul na natureza, apesar de terem sido percorridos mais de 55.000 quilômetros desde 1990 em busca dos pássaros. O que provavelmente levou à extinção da ave de pouco mais de 55 centímetros de comprimento e plumagem em vários tons de azul foi o tráfico de animais e a degradação de seu ambiente, no sertão da Bahia e Pernambuco. É considerada extinta na natureza pelo Ministério do Meio Ambiente e a IUCN.

Tatu-bola ('Tolypeutes tricinctus')
(Foto: Mark Payne-Gill/AFP/VEJA)

Tatu-bola ('Tolypeutes tricinctus')

Mascote da Copa deste ano no Brasil, o tatu-bola foi classificado como espécie em perigo em 1994 pela IUCN. É animal nativo do Norte e Nordeste brasileiro. Devido à caça e à diminuição de 45% da caatinga entre os anos de 1965 e 1985, sua população caiu pela metade. A principal característica desse bicho, que gosta de cavar buracos e tem um tamanho médio de 36 centímetros de comprimento, é se enrolar completamente dentro da carapaça e virar uma bola para fugir dos predadores.

Mico-leão-dourado ('Leontopithecus rosalia')


Mico-leão-dourado ('Leontopithecus rosalia')

O declínio da população do mico-leão-dourado se deve ao desmatamento de seu habitat, na Mata Atlântica fluminense. Acredita-se que, dos 6.000 quilômetros quadrados, restem apenas 500 quilômetros quadrados para a espécie habitar. Devido aos esforços de conservação, o número de animais, que exibe a pelagem ruiva e dourada e tem pouco mais de 26 centímetros de comprimento, aumentou nos últimos anos e deixou de estar criticamente em perigo em 2003.


Tamanduá-bandeira ('Myrmecophaga tridactyla')



Tamanduá-bandeira ('Myrmecophaga tridactyla')

Estima-se que, nos últimos 26 anos, pelo menos 30% da população de tamanduás-bandeira tenha desaparecido no Brasil. A espécie, que se alimenta de formigas e pode ultrapassar os 2 metros de comprimento, vive em quase toda a América do Sul. Por causa do desmatamento das florestas da região, é considerada uma espécie vulnerável desde 1982 pela lista da IUCN.

Baleia-azul ('Balaenoptera musculus')

Baleia-azul ('Balaenoptera musculus')

Calcula-se que menos de 1% dos animais tenha resistido à caça comercial, que começou em 1904. A baleia-azul é tida como espécie em perigo desde 1986 pela IUCN e, no Brasil, recebeu a classificação de criticamente em perigo. Com até 30 metros de comprimento e 180 toneladas, ela habita todos os oceanos da Terra. De acordo com um relatório de 2002, apenas 5 000 a 12 000 dessas baleias devem ainda existir no mundo.

Onça-pintada ('Panthera onca')

Onça-pintada ('Panthera onca')

Apesar de viver em quase todo o Brasil, os pesquisadores estimam que existem menos de 10 000 onças pintadas em todo o país. As principais ameaças à espécie são a perda do habitat, relacionada à expansão agrícola e urbanização, e a caça. Nos últimos 27 anos, sua população diminuiu em 30% e um decréscimo semelhante deve ocorrer nos próximos 27 anos. O animal, que chega a cerca de 1,50 metro de comprimento da ponta do focinho à cauda, é classificado como vulnerável pela lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente.
Arara-azul-de-lear ('Anodorhynchus leari')

Arara-azul-de-lear ('Anodorhynchus leari')

Os pesquisadores que existam apenas 228 indivíduos desse tipo de arara que, no Brasil, habita o nordeste da Bahia. A principal ameaça à espécie é o tráfico de animais silvestres e a diminuição do seu habitat. No entanto, iniciativas de conservação locais estão conseguindo aumentar o número de araras na natureza. É considerada uma espécie em perigo pelo Ministério do Meio Ambiente e pela IUCN.

Fonte: http://veja.abril.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário